quarta-feira, 7 de julho de 2010

TRUCULÊNCIA CONTRA JORNALISTA
TRUCULÊNCIA CONTRA A LIBERDADE DE IMPRENSA


INADMISSÍVEL é a palavra que podemos usar em relação ao episódio de AMEAÇA ao respeitado jornalista Roberto Almeida. ABSURDA é a maneira de se comportar o funcionário que vestiu a carapuça de ladrão. É a lei da selva? Quem manda é o mais forte? Infelizmente também sou um fraquinho feito o colega, mas temos força suficiente para lutar contra as mazelas de nossa sociedade. Pode contar comigo, diga a hora e o local da passeata. O BLOG DE BOM CONSELHO APOIA VOCÊ. Os valores estão invertidos e o filme que estamos assistindo está em preto e branco, porque nesse misto de aventura e drama, o bandido quer virar mocinho e não se pode deixar o mocinho virar bandido. Ainda bem que vocês tem em Garanhuns o Promotor Alexandre Bezerra, implacável no combate a corrupção. Aqui em Papa-Caça a coisa corre frouxa demais, mesmo com todas as denúncias. Colega Roberto Almeida, não retroceda, você está correto. Sociedade, apoiem Roberto. Como não podia deixar de registrar, transcrevo o texto do amigo colocado em seu Blog.


Recebi um telefonema, nesta terça-feira, às 12h25, de um servidor da Prefeitura Municipal de Garanhuns que se identificou como Carlos Alberto. Ele ligou para tomar satisfações a respeito de uma nota, publicada no blog, denunciando que uma pessoa do município, identificada apenas como “substituta de Ronaldo César na Diretoria de Cultura”, estava cobrando jabá (propina), dos artistas locais para incluí-los na programação do Festival de Inverno. Conversamos durante 15 ou 20 minutos e o funcionário foi agressivo o tempo todo, usou um tom de ameaça, não deixando claro se simplesmente tentaria me processar ou partir para uma atitude mais drástica. Expliquei que recebi a informação de pessoas sérias da cidade, que merecem toda credibilidade e que em nenhum momento tinha citado o nome dele. “Ora, se você escrever que o prefeito de Garanhuns é ladrão, todo mundo vai saber de quem você está falando!”, retrucou o servidor, desse jeito. Ora o dirigente do município foi eleito, empossado e diplomado, situação muito diferente desse rapaz. Antes de terminar o diálogo ríspido, o funcionário avisou que a nossa conversa estava sendo gravada e eu respondi que não via problema nenhum, pois eu não tinha motivos para temer nada, uma vez que não havia praticado nada de errado. Então o mesmo desligou, bruscamente, esbravejando uma agressão verbal contra a minha pessoa que não vale aqui repetir. Recebi o referido telefonema desaforado na casa de minha mãe, na hora do almoço. Ela, que está para completar 77 anos de idade, apesar do meu esforço para me mostrar tranqüilo e dizer que não era nada percebeu alguma coisa e ficou super preocupada. Diante de tal fato, procurei me comunicar com o Secretário de Comunicação da Prefeitura, Carlos Eugênio, para lhe relatar o fato, pois não queria torná-lo público antes de conversar com alguém do Prefeito. Tenho certeza de que Luiz Carlos e seus auxiliares não concordam com uma atitude truculenta como essa. Não conseguindo contato com o profissional de imprensa do município, já à noite conversei com o promotor Alexandre Bezerra a quem fiz um relato da situação. Entreguei a ele dois panfletos distribuídos pelos artistas de Garanhuns denunciando a irregularidade na Diretora de Cultura, mostrei o número da ligação recebida, 3761.1014, esclarecendo se tratar do telefone do Centro Cultural. Ou seja: o servidor usou um telefone público para fazer ameaças e agredir de forma verbal um profissional da imprensa de Garanhuns. O promotor assegurou que o Ministério Público tomaria todas as medidas necessárias para que o direito do jornalista de expressar sua opinião e divulgar os fatos fosse assegurado. Revelou, na ocasião já ter lido a nota que causou a indignação do funcionário e observou: “Mas você não citou o nome desse rapaz. Significa que ele colocou a carapuça!”. Por fim, Dr. Alexandre aconselhou a prestar queixa também na Delegacia de Polícia Civil. Terminei a noite passada conversando com o ex-diretor de cultura do município, Ronaldo César, com quem fui tomar informações antes de me dirigir a uma delegacia. Este disse já ter conhecimento da denúncia dos artistas e lembrou que na sexta-feira passada, dia do jogo do Brasil contra a Holanda, chegou a citar em seu blog esse fato. Antes da minha postagem revelando a “indignação dos artistas”, portanto, o próprio Ronaldo já tinha tocado no assunto sem se aprofundar. As minhas fontes para formular a denúncia são absolutamente confiáveis e na minha movimentação desta terça, além de ouvir de novo toda a versão dos fatos, que uma pessoa da prefeitura, “um tal de Beto”, para usar aqui a expressão de um dos “indignados”, estava cobrando jabá dos artistas, me foram revelados os nomes de uma cantora garanhuense radicada em Maceió e um músico que mora na cidade, vítimas da extorsão. O próprio promotor público Alexandre Bezerra nos deu a idéia de fazer essa nova postagem contando toda essa história e nos autorizou a usar o seu nome da forma que estamos utilizando. Garanhuns e o Agreste inteiro me conhecem, todos sabem da minha honestidade profissional e de meu compromisso com a verdade. Em mais de 30 anos exercendo minha atividade, o meu patrimônio se resume a um carro usado, uma casa na Cohab II, alguns utensílios domésticos, livros e discos. Nada mais. Na verdade o que tenho mesmo de maior é minha mulher, meus filhos, minha mãe e irmãos, inclusive um que é juiz federal no Recife e também já foi comunicado dessas atribulações. Como é do conhecimento público, tenho a saúde comprometida pela pressão alta e como conseqüência de uma cirurgia de risco feita três anos e meio atrás. Essas coisas, mesmo que eu não queira, me abalam, me fragilizam, pois o corpo às vezes não quer obedecer à cabeça, que pede para eu ficar calmo e não consigo. Além da solidariedade do promotor, do meu compadre delegado Jorge Cordeiro, com quem vou conversar, peço o apoio dos meus colegas jornalistas e radialistas: Jonas Lira, Edcarlos, Luciano Andrade, Lenildo Ramos, Simão Silva, Marcos Cardoso, Luciano André, Tony Duran, Zezinho de Garanhuns, Gláucio Costa, Marcelo Jorge, Eduardo Peixoto, Pereira Filho, Luiz Andrade, Ariston Brito, Fernando Rodolfo, do secretário Carlos Eugênio, os bloggers e todas as pessoas contrárias a esses rasgos de coronelismo que infelizmente sobrevivem em Garanhuns. Peço desculpas por usar o blog quase para um desabafo pessoal, mas acho que eu não tinha outro caminho a seguir."

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