domingo, 7 de novembro de 2010

DEZ CASOS DA SUPERBACTÉRIA EM PERNAMBUCO


A Secretaria da Saúde de Pernambuco recebeu a notificação de mais três casos de superbactéria na sexta-feira (5). Com as novas notificações, chega a dez o número de casos confirmados da bactéria em Pernambuco.

De acordo com a Secretaria, do total de contaminações, uma pessoa morreu e outra teve alta hospitalar, enquanto outros oito pacientes estão internados. Sete casos foram notificados em hospitais particulares e três em unidades públicas de saúde.
Como surge uma superbactéria
“Superbactéria” é, na verdade, um termo que vale não só para um organismo, mas para todas as bactérias que desenvolvem resistência a grande parte dos antibióticos. Por causa de mutações genéticas ao longo do tempo, as bactérias passam a produzir enzimas que tornam grupos de micro-organismos comuns, como a Klebsiella e a Escherichia, “blindadas” para muitos medicamentos.
Outro mecanismo para desenvolvimento de superbactérias é a transmissão por plasmídeos. Plasmídeos são fragmentos do DNA que podem ser passados de bactéria a bactéria, mesmo entre espécies diferentes. Uma Klebsiella pode passar a uma Pseudomonas, e esta pode passar a uma terceira. Se o gene estiver incorporado no plasmídeo, ele pode passar de uma bactéria a outra sem a necessidade de reprodução.
No Brasil circulam algumas bactérias multirresistentes, como a SPM-1 (São Paulo metalo-beta-lactamase), além da KPC.
Remédios
Entre os remédios que ficam ineficazes diante de uma superbactéria estão as carbapenemas, normalmente uma das principais opções de tratamento. Mas há remédios como as polimixinas e tigeciclinas que continuam funcionando. Só que é munição para usar em situações de emergência, como surtos de infecção hospitalar. O uso sem critério dessas substâncias acabaria tornando-as inócuas no futuro.

Fonte: G1

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